sábado, 2 de outubro de 2010

No sonho que sonhei



No meu sonho eu soprava um sax reto, e o som da minha música alcançava as estrelas, que em forma de agradecimento riscavam o céu me proporcionando um espetáculo que compunha com mais brilho o meu clip musical.

No meu sonho a minha arte era admirada, e com o reconhecimento justo pude viver dos frutos colhidos com abundancia durante todo o tempo que existia ali.

No meu sonho a pizza tinha vinte e quatro pedaços e o queijo estava sempre derretendo.

No sonho que tive, meus filhos enxergavam em mim a imagem de um amigo, e com beijos e abraços me pediam pra ficar.

Sonhando re-vi velhos amigos, e o carinho entre nós se fez presente como antigamente. Rimos e nos divertimos como se nunca tivéssemos nos separado.

No meu sonho a mulher da minha vida me olhou por longos segundos, e chorando disse-me: - Não sei viver sem você!

Neste sonho, meus pais e meus irmãos me acenavam com os braços abertos, na esperança da minha não-partida.

Consciente da frágil linha que separa o presente e o passado, abri os olhos molhados e pedi a Deus algum tempo extra para fazer valer a pena os meus próximos sessenta segundos.


Edu Bachiéga